Os meus parágrafos

Ao girar e girar entre estes meus parágrafos vazios eu descobri a fraqueza do meu estômago e a minha força, a qual é sustentada por aquilo que tenho de mais frágil e, também, de mais desconhecido por mim mesma. Então, imediatamente, passei a vomitar palavras neles, ainda que para não fazer sentido nenhum ou ainda que para desfazer qualquer sentido que um dia possamos ter feito, eu, aquela que gira, ou os meus parágrafos vazios. Passei, então, a vomitar porcarias em forma de palavras e palavras em forma de porcarias, e, ainda que eu pare de girar, os meus parágrafos, ainda que agora possam estar cheios, me dão cada vez mais e mais nojo.

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