Monthly Archives: February 2014
Poesia descabida
Quanto de poesia é que cabe
Quanto de palavras nos fazem
Caber neste dia a dia
Que (se) retorce, agoniza
num amontoado de obrigações?
Campos
Esses campos são aqueles onde se percebe o conflito permanente. Esses são os espaços onde aqueles que acreditam desconstruir por inteiro reforçam muros. Aqui é aquele lugar onde não consigo lutar. Esta é a minha partida, já percebida de que este não é meu lugar.
(Campos são onde se travam lutas por domínio e onde se criam habitus, diria ele. Mas são em verdade apenas mais alguns dos espaços aonde sofrem sociólogos, eu diria…)
Évora
Existe um quê de se afastar
Existe um ser para colocar
No simples formar distâncias
Eu coloquei um quê de mim
Na falta de um regressar
Após o sumir
Me existe um quê de ir por ir
Não posso pedir
O simples aqui
Existe um eu a se render
Quando se rompem mapas
Existe nada a entender
A cada decisão de ir…
Ano de nove.
Tiro as provas
Ano de novo
[de nove]
Um tiro
As estrelas informam
Confirmo:
“você não sabe o que quer!”