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Monthly Archives: October 2015

soubemos que ele havia sido pego
com um pincel
e dois lápis de pedreiro

sabia que de cinza
em breve ele recriaria
um meio mundo inteiro

só perguentei, encarando a cidade

lamentando por uma ou outra autoridade
quem era essa polícia
que algemou pensando que podia
até contra a arte…

Nessa brincadeira de querer meu sobrenome também em C. eu quebrei dois pratos e um copo. E nisso nunca mais fiz poesia. E tãopouco me tornei cientista. Muito menos me deixei convencer por qualquer anarquista.
Farejei outros cantos e rolei por entre as estátuas de poeira que deixei acumular, à minha maneira, à minha estimação.
Forjei qualquer coisa e me justifiquei, por um segundo, não mais como aquela que amanhece displicentemente, esperando algo a mais.

Eu já ouvi mais de uma vez recitarem sobre 1979, que soava como casa, como simplicidade – e que ao mesmo tempo emanava algo sobre voar. Eu já vi mais de uma vez nos escombros manejarem aquilo que de mais livre puderam apresentar – naquele espaço de tempo, de todos nós, em que não há nada a se fazer além de agrupar frustrações.

Cada um com os seus tempos. Eu agrupo cada coisa em suas coisas. Enquanto mudam-se os números, esquecemos todos as datas certas.

Mudar

Desligar

Dessurgir

O meu segredo é que me torturei com a espera. Meu segundo segredo é que nestes anos o próprio esperar mudou seu endereço. O novo dos segredos é que as novas expectativas estão até de malas prontas

O giro por enquanto é só uma volta e uma volta e minha coleção de voltas

Até que nascer de novo seja possível